Oluwatosin Tolulope Ajidahun orienta sobre os efeitos do anticoncepcional injetável e o tempo necessário para a recuperação da fertilidade.
Oluwatosin Tolulope Ajidahun orienta sobre os efeitos do anticoncepcional injetável e o tempo necessário para a recuperação da fertilidade.
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Fertilidade após o uso prolongado de Depo-Provera: o que esperar da retomada dos ciclos ovulatórios

Oluwatosin Tolulope Ajidahun informa que o Depo-Provera, conhecido como anticoncepcional injetável trimestral, é uma das opções mais utilizadas por mulheres que desejam praticidade e eficácia na prevenção da gravidez. No entanto, quando o objetivo muda e surge o desejo de engravidar, muitas usuárias têm dúvidas sobre o impacto que o uso prolongado desse método pode ter na fertilidade natural.

Por ser um contraceptivo à base de acetato de medroxiprogesterona, o Depo-Provera atua inibindo a ovulação de forma contínua. Após a interrupção, o retorno da fertilidade pode ser mais lento em comparação com outros métodos, especialmente quando o uso ultrapassou dois anos. Ainda assim, a maioria das mulheres volta a ovular, embora o tempo para isso seja bastante variável entre os casos. Em geral, é necessário compreender que esse processo exige paciência e informação adequada para evitar frustrações desnecessárias.

Por que o retorno da fertilidade pode demorar?

Para Tosyn Lopes, o principal fator por trás da demora na retomada dos ciclos ovulatórios após o uso prolongado do Depo-Provera está relacionado à sua longa meia-vida no organismo. Mesmo após a última aplicação, o hormônio pode permanecer ativo no corpo por até 9 a 12 meses, suprimindo o eixo hipotálamo-hipófise-ovariano e impedindo a liberação dos óvulos.

Entenda com Oluwatosin Tolulope Ajidahun como funciona a retomada da ovulação após o uso contínuo de Depo-Provera.

Entenda com Oluwatosin Tolulope Ajidahun como funciona a retomada da ovulação após o uso contínuo de Depo-Provera.

Esse tempo pode ser ainda mais estendido em mulheres que apresentavam ciclos irregulares antes de iniciar o uso do anticoncepcional ou em casos de sobrepeso e obesidade, já que o hormônio pode se acumular nos tecidos adiposos. Por isso, muitas mulheres demoram entre 6 a 18 meses para voltar a menstruar e ovular regularmente, especialmente após uso contínuo por anos. Esse intervalo, embora esperado, deve ser monitorado de perto por profissionais especializados.

Investigação e acompanhamento pós-suspensão

Tosyn Lopes ressalta que, caso a menstruação não retorne até 12 meses após a suspensão do Depo-Provera, é recomendável realizar uma investigação detalhada da função ovariana. Exames como dosagens hormonais, ultrassonografia transvaginal e avaliação da reserva ovariana ajudam a entender o estado atual do sistema reprodutor e a traçar estratégias terapêuticas mais eficazes.

Também é essencial afastar outras causas de anovulação que não estejam relacionadas exclusivamente ao uso do anticoncepcional. Condições como síndrome dos ovários policísticos, disfunções da tireoide, hiperprolactinemia ou insuficiência ovariana precoce podem coexistir ou se manifestar após a interrupção do uso hormonal. A análise integrada desses fatores é fundamental para um plano terapêutico eficiente.

Como estimular a fertilidade após o Depo-Provera

Segundo Oluwatosin Tolulope Ajidahun, em muitos casos, o simples acompanhamento do retorno do ciclo natural é suficiente. No entanto, quando a ovulação não retorna espontaneamente após um período razoável, é possível recorrer a estratégias médicas para acelerar o processo. O uso de indutores de ovulação, como citrato de clomifeno ou letrozol, pode ser indicado após avaliação criteriosa.

Paralelamente, a adoção de hábitos saudáveis contribui diretamente para o reequilíbrio hormonal. Manter um peso corporal adequado, reduzir o consumo de ultraprocessados, praticar atividades físicas regulares e controlar o estresse favorecem o funcionamento do eixo hormonal e ajudam a restaurar a fertilidade. Cada mulher deve ser acompanhada de forma individualizada, respeitando sua história clínica e reprodutiva.

Da prevenção à maternidade: um caminho possível

Tosyn Lopes reforça que o uso prolongado de anticoncepcionais injetáveis não causa infertilidade permanente. Embora o tempo de espera para a recuperação da ovulação possa ser mais longo do que o esperado, na maioria dos casos a fertilidade retorna gradualmente, permitindo a concepção natural ou com suporte médico.

A transição entre o uso de um método contraceptivo e o planejamento de uma gravidez deve ser conduzida com orientação especializada, garantindo segurança e expectativas realistas. Com paciência, acompanhamento adequado e acesso a tratamentos modernos, é totalmente possível transformar uma fase de incerteza em uma jornada bem-sucedida rumo à maternidade. O suporte emocional e a escuta ativa também fazem parte do processo reprodutivo, ajudando a mulher a viver essa fase com mais confiança.

Autor: Alexei mully 

As imagens divulgadas neste post foram fornecidas por Oluwatosin Tolulope Ajidahun, sendo este responsável legal pela autorização de uso da imagem de todas as pessoas nelas retratadas.

 

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