Tecnologia

Ecossistema de inovação robusto torna o ABC relevante em tecnologia

A importância dos ecossistemas de inovação no Brasil e no mundo, seus impactos positivos nas cidades e empresas, é destaque na pesquisa dos empreendedores Leo Gmeiner e Luciano Calchi, respectivamente presidente e vice-presidente do ITESCS (Instituto de Tecnologia de São Caetano do Sul) publicada na 26ª Conjuscs, Carta de Conjuntura do Observatório de Políticas Públicas, Empreendedorismo, Inovação e Conjuntura da USCS.

Definidos como um sistema dinâmico composto principalmente por universidades, startups, grandes corporações, governo, investidores e instituições interconectadas e em ambiente colaborativo para a inovação, os ecossistemas são a marca da nova economia, de que ninguém faz nada sozinho.

Consolidado como propulsor do desenvolvimento tecnológico e econômico em diversos países, incluindo o Brasil, no ABC esse sistema que sequer existia há cinco anos se tornou robusto o bastante para dar relevância à região no que toca à tecnologia.

Fábio Costa, gestor dos Programas de Inovação do Sebrae na região, destaca que as empresas de tecnologia na região em maio de 2020 eram 10.405 e saltaram para 11.405 em janeiro de 2023. Nesse período a pesquisa mapeou na região 14 empresas de tecnologia com foco em recursos humanos, conhecidas por HR Techs, que juntas geram 750 empregos qualificados e atendem 20 mil clientes no Brasil, sendo que 90% do faturamento se dá fora da região.

“Nos últimos seis anos notamos nos atendimentos realizados pelo Sebrae ABC, que empresas de todos os setores, segmentos e tamanhos que estavam crescendo no mercado, avançando na gestão, no lucro ou nas vendas, tinham algo em comum – a ampla utilização da tecnologia”, aponta o economista. Ele anuncia que mais 21 novas startups se agregarão ao ecossistema de inovação no ABC neste mês de julho.

Fábio acredita que o desenvolvimento econômico da região pode também se assentar na combinação entre a expressiva quantidade de empresas de tecnologia presentes e a necessidade de conexão dessas empresas de tecnologia com as tradicionais, para maior competitividade e transformação digital, o que favorece o incremento da competitividade sistêmica de toda a economia regional.

O economista ressalta que a região tem chance de se consolidar como um polo de tecnologia e que para 2023 e 2024, a prioridade estratégica do Sebrae ABC será a aceleração das HR Techs associada à expansão de todo o ecossistema.

Na visão de Leo Gmeiner e Luciano Calchi, quando a comunidade é inserida no processo, há mais pessoas pensando e colaborando para soluções. “A proximidade com quem reside e vivencia os problemas é uma grande oportunidade para propor melhores soluções e tornar as ações mais assertivas”, apontam.

Um pouco de história

Iniciado em meados da década de 2000, o movimento dos ecossistemas de inovação ganhou destaque em cidades como São Francisco, nos EUA, e Tel Aviv, em Israel, como um modelo de ambiente colaborativo e de sinergia entre empresas, instituições de pesquisa, governo e sociedade, buscando estimular a inovação e o desenvolvimento tecnológico.

No Brasil, esse movimento começou a ganhar tração em cidades como São Paulo, Belo Horizonte e Florianópolis, onde existem parques tecnológicos e incubadoras de empresas, como o Cubo Itaú (SP), a Learning Village (SP), a Associação Catarinense de Tecnologia – ACATE (SC). Além destes, podemos citar o Porto Digital do Recife (PE), a Tecnopuc (RS) e a Tecnosinos (RS).

 

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